Blog do Vamp

O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

Nelson, o ex-covarde.

Matéria da "Ilustrada", Folha de São Paulo:

São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009 

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Nelson, o ex-covarde. Crítico afirma que coragem de Nelson Rodrigues ao pensar contra sua época foi a responsável por ensaios que irão permanecer

Arquivo Paulo Garcez/Divulgação














Nelson Rodrigues em entrevista em 1980, ano em que morreu

RAFAEL CARIELLO
DA REPORTAGEM LOCAL


O maior dramaturgo da história do país foi também seu maior ensaísta e um dos principais intérpretes da sociedade brasileira, talvez o melhor da segunda metade do século 20. Em suas "confissões", crônicas de jornal publicadas entre o final dos anos 60 e início dos 70, aparece "uma das melhores expressões literárias de diagnóstico do nosso tempo". "Para ombrear com ele, no Brasil, talvez apenas Carlos Drummond de Andrade na poesia."

As afirmações aparecem em "Inteligência com Dor - Nelson Rodrigues Ensaísta", de Luís Augusto Fischer, crítico literário e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A ênfase -rodriguiana, como observa o colunista da FolhaMarcelo Coelho na contracapa do livro- pode parecer desmedida. Por que seria necessária? As peças teatrais de Nelson há décadas não carecem desse tipo de defesa. Mas o arroubo é comum entre os leitores que têm descoberto a obra em prosa do autor desde que ela foi reorganizada por Ruy Castro, no final dos anos 80.

A causa do fenômeno talvez esteja no desejo de cada leitor de resolver a contradição íntima que resulta do contraste entre a aparente fragilidade da crônica, gênero jornalístico, tido como superficial, a que o pensamento de Nelson está associado, e seu texto arrebatador, corajoso, que continua a fazer pensar muito depois de fechado o jornal -ou o livro.

É daí que parte Fischer. Seu esforço está em resolver essa aparente contradição e apresentar padrões de comparação que lhe permitam fundamentar juízos de valor sobre os textos reunidos em obras como "A Menina sem Estrela" ou "O Óbvio Ululante".

Ele recorrerá à tradição ensaística ocidental desde Michel de Montaigne (1533-1592) para mostrar que Nelson, na verdade, não faz crônica. Este é um gênero menor, diz Fischer, certamente aparentado ao ensaio, mas que para ele perde em qualidade reflexiva, em humor (a crônica é apenas "cômica") e em maturidade existencial.

No caso brasileiro, tanto a melhor crônica quanto a obra de Nelson são sintomáticas de uma época. O país passou por um processo acelerado de urbanização, de imigração interna, de mudanças constantes e intensas no período em que Rubem Braga, por exemplo, publicava seus textos.

Mas a crônica, diz Fischer, não faz mais do que manifestar o mal-estar do cronista diante da velocidade da mudança. Toma o partido do passarinho, digamos, contra a ferocidade e a violência da cidade.

Nelson parte desse mal-estar para refletir sobre o processo em curso. Faz o diagnóstico, no calor da hora, do avanço da sociedade de massas, e toma o partido do indivíduo. Assim como Montaigne, em outra época conturbada, o Renascimento, ajudou a criar o indivíduo e seu pensamento independente.

O brasileiro, mais ainda, tematiza essa oposição. Ele afirma sua individualidade contra a ditadura do consenso, da multidão, dos "idiotas" em vantagem numérica. Contra a valorização da juventude, do novo (em sintonia com a época de mudanças), ele afirma os direitos da maturidade e tematiza o seu próprio processo de aprendizagem. Confessa suas covardias, suas dúvidas, suas hesitações, e delas faz matéria de reflexão. Isso é o ensaio, afirma Fischer, em seu livro.

Daí Nelson se dizer um "ex-covarde", quer dizer, um indivíduo que finalmente se arrisca a pensar por si próprio, contra o seu tempo. Por isso mesmo seu valor e sua permanência, diz o crítico, estão assegurados.

O Brasil na Lata de Lixo da História

O filme acaba mal: ele vira presidente.” (Macaco Simão, sobre o filme do Lula)



Não bastava a vergonha da intromissão do Governo brasileiro em Honduras, onde Manuel Zelaya está até hoje na embaixada brasileira sem ser refugiado, sem ser asilado, sem ser nada? Não bastava o constrangimento causado por Tarso Genro com o Governo italiano por causa de Cesare Battisti, considerado até por partidos de esquerda daquele país como um homicida, um criminoso comum? Não, a burrice é mesmo ousada. A estupidez também.

Lula teve que ir mais longe. Lula teve que mostrar ao mundo que ele não é qualquer um, ele é Lula, o filho do Brasil. Enquanto crianças são condenadas à morte, enquanto mulheres suspeitas de serem adúlteras ou homens de serem homossexuais são apedrejados até a morte, enquanto opositores do regime são torturados, Ahmadinejad, o responsável por todas estas barbáries, era recebido no Brasil por seu “bom amigo” Lula.

Por quê, Lula? Pelas relações comerciais entre os dois países? Não, o comércio entre Brasil e Irã é absolutamente insignificante. Para que o Brasil consiga uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU? Não, ninguém votaria em quem recebe o governante de um país cujo Ministro da Defesa é procurado pela Interpol por ter matado 85 pessoas num ataque terrorista na Argentina. E esta acusação não vem de Israel ou dos EUA. Vem da própria Argentina da companheira Cristina Kirchner. Para mostrar ao mundo que o Brasil tem influência também no Oriente Médio? Ora, ninguém recebe Ahmadinejad simplesmente porque ninguém quer convidá-lo. Ele é visto como um pária pela comunidade internacional. Para promover a paz entre palestinos e judeus? Até o tirano iraniano se surpreendeu com a ingenuidade do nosso presidente quando este propôs resolver um problema que dura gerações com uma partida de futebol entre Brasil e uma seleção mista de judeus e palestinos.

Celso Amorim, sempre ele, afirmou que era uma prova de independência do Brasil. Que nós agimos por conta própria, mesmo que isso viesse a desagradar os americanos. Depois, quando viu a repercussão na Imprensa mundial, quando leu em todos os jornais do mundo que Lula seria apenas um bate-pau de Chaves, correu avisar que não, que tudo estava combinado com os Estados Unidos. Bom, melhor ser bate-pau do Obama, né? E em Honduras, também foi combinado com o Governo Americano? Celso Amorim não queria eleições antes de dar posse a Manuel Zelaya. Obama simplesmente ignorou a posição do Brasil e domingo próximo o povo hondurenho escolherá seu presidente. Ninguém mais dá bola aos delírios megalomaníacos de Celso Amorim e Lula.

O que ficará nos livros de História não serão as baboseiras de um filme patrocinado por empresas que receberam milhões do BNDES. O que entrará para a História e para a biografia de Lula serão as fotografias dos abraços entre dois “bons amigos”. Lula e Ahmadinejad: o Brasil entra, definitivamente, para a lata de lixo da história.



O Vampiro de Curitiba

OUR MESSAGE TO THE IRANIAN MADMAN: GO TO HELL!





 











Lula 70%: a Síndrome de Dom Quixote Vira-Lata

Texto originalmente publicado no Blog do Gerald Thomas em 08/12/2008


Banânia está em festa! E qual o motivo de tanta comemoração? Atingimos, por acaso, a perfeição em nosso sistema de Saúde Pública? Estamos oferecendo às nossas crianças uma educação de Primeiro Mundo? Não, saúde e educação, no Brasil, são supérfluas. Não interessa à esquerda um povo educado. Educação não rima com bolsa-esmola. O motivo de tanta agitação é a aprovação recorde do Grande Líder, do grande herói, Luis Inácio Lula da Silva.

Para entender como chegamos a essa situação bizarra em que, depois de tanta corrupção, tanto mensalão, tanto desleixo com a coisa pública, enfim, tanto desgoverno, a aprovação do Presidente da República só tem aumentado, precisamos fazer uma breve retrospectiva:

Uma mistura de catolicismo tropical – com aquele papo de que “é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino do Céu”- com o submarxismo ensinado nas Universidades, gerou, na América Latina, uma cultura do “pobrismo”, do vitimismo. Acrescentando a essa cultura um toque de “jeitinho brasileiro”, formou-se o senso comum do Brasil. Um paradoxo de ufanismo e falta de segurança, onde tudo que é nacional é melhor, mas sempre é preciso a aprovação do exterior. Ninguém dá muita bola para, por exemplo, a capoeira. Mas se aparece uma TV estrangeira filmando nossos bravos capoeiristas, logo dizemos que este esporte é maravilhoso; surgem teorias as mais exóticas explicando como a capoeira levanta a auto-estima do povo, etc., etc. Síndrome de vira-lata. Vira-lata ufanista.

O senso comum brasileiro, confuso por natureza, foi um ambiente propício para o desenvolvimento dessa Esquerda católica e pseudo-marxista que é o PT. Na oposição o esquerdista era um Dom Quixote, aquele herói lunático que pretendia salvar o Mundo das forças do Mal (no caso, ”das elites”), lutando contra moinhos de vento, imaginando que venceria gigantes. Não, o Capitalismo não era um gigante a ser vencido! Os males que atormentam o povo brasileiro não foram causados pelo Capitalismo, mas pela falta dele. Agora, na situação, viraram Dom Quixote às avessas. Olham para a crise (ver post baixo, escrito por Gerald Thomas) que se aproxima, mas, covardes que são, recusam-se a encará-la. Agora que o sangue que escorre pelo chão é verdadeiro, fingem que se trata de vinho tinto: “É apenas uma marolinha”. Ou então: “Não, isso não é mensalão, é apenas caixa-dois”.

Uma parte da imprensa bem que tenta mostrar a realidade a esse Dom Quixote dos trópicos em que se transformou nosso senso comum, mostrando as loucuras que são cometidas pelo devaneio esquerdista. Em contra-partida o Governo até ameaçou criar um conselho nacional de jornalistas com o objetivo de controlar, fiscalizar a mídia, mas nem foi preciso: o “jeitinho brasileiro” se deu mesmo com publicidade estatal. O cala-boca é pago com dinheiro do próprio gigante adormecido, óbvio. E a Imprensa acabou assumindo o papel do fiel escudeiro Sancho Pança. Ela sempre desconfia da porra-louquice do Cavaleiro Andante, mas sempre lhe faz as vontades à espera de um pedaço do governo, ou, simplesmente, de uma boa merenda. Quando alguém ousa chamar a atenção do senso quixotesco, Sancho sempre aparece para salvá-lo: “Não, meu senhor, cavaleiros só travam batalhas com outros cavaleiros. Este que aí está a desafiá-lo não é um cavaleiro, é um “direitista”, não dê atenção a ele.”

A festa continua. Nosso Dom Quixote, embriagado pelo sucesso (ou literalmente) não cansa de destilar (ops!) suas asneiras. Para 70% da população ele é um herói. Eu faço parte da minoria que o considera apenas um idiota.


O Vampiro de Curitiba
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A Vulgarização do Brasil



Intencionando em escrever algo mais sobre este processo de popularização, de vulgarização que toma conta da vida nacional, onde ou se submete ao lulo-petismo ou se está fora do jogo, lembrei-me que já havia escrito sobre o assunto. Várias vezes, inclusive. Óbvio, não é de hoje que para se ter patrocínio para fazer Teatro, Cinema ou mesmo para manter um blog é preciso aderir ao elogio da cafonice, do “coitadismo”, do “pobrismo”. Vivemos tempos em que se impera a vulgarização: Governo popular, “arte” popular, Universidade popular...

Fuçando nos meus arquivos encontrei este post, publicado originalmente no Blog do Gerald em 01/07/2008 :

Interlúdio Comercial entre BlogNovelas – pelo Vampiro de Curitiba

Pelo jeito o blog, agora no IG, caiu mesmo no gosto popular. Quero dizer: A audiência tem sido excelente. Não necessariamente popular. Sim, são coisas completamente distintas. Nestes tempos de esquerdismo deslumbrado é sempre bom não deixar margem para dúvidas. Oscar Wilde já nos lembrava: “A arte nunca deve tentar ser popular. O público é que deve tentar ser artístico.” Parece tão óbvio, não? Não aqui na Banânia! Aqui é o rabo que insiste em querer abanar o cão. São os estudantes que ao invés de, vejam só!, estudar, querem eleger o reitor. Logo, logo, serão os pacientes enfermos que se acharão no direito de eleger a diretoria do hospital. Sobre a “autoridade do povo”, Oscar Wilde escreveu: “ É uma coisa ao mesmo tempo cega, surda, hedionda, grotesca, trágica, engraçada, séria e obscena. Para o artista é impossível viver com o povo. Todos os déspotas corrompem, mas o povo corrompe e brutaliza.” Corrompe e brutaliza! A tal de “sabedoria popular”, para Wilde, não deveria ser levada muito a sério. Criticando Émile Zola, escreveu: “Na literatura, buscamos distinção, charme, beleza e poder imaginativo. E não ser atormentados com a descrição dos feitos das classes baixas.” “Quer dizer, nobre Vampiro, que a arte é só para a burguesia?” Não, estúpido! Estou dizendo que a arte deve ser superior à mediocridade das massas.

Os leitores que vivem no Brasil devem lembrar-se das telenovelas de tempos atrás. Dias Gomes, Janete Clair, etc… Eram obras de arte. E hoje? Hoje o roteiro é modificado quase que diariamente para agradar ao gosto popular. O vilão, a única personagem com algum encanto, precisou se tornar bonzinho, ficar com a mocinha e assim viverem felizes para sempre. Como é mesmo? Ahh, a “voz do povo é a voz de Deus.” Perfeito! Só esqueceu-se de avisar às massas que este Deus morreu. E foi morto justamente pelo povo, por sua feiúra. Este Deus que via tudo, também o homem, era uma testemunha que precisava morrer. O povo não suporta que tal testemunha de sua feiúra continue viva.

Será que alguém brilhante aprendeu algo com o povo, com a “sabedoria popular”? Stendhal? Proust? Goethe? Kierkgaard, talvez? Ou Schopenhauer? Dostoievski, é verdade, foi testemunha dos vícios e das misérias populares. Isto o fez algo mais brilhante? Não, óbvio. Isto fez apenas com que ele tivesse uma morte miserável depois de perder tudo o que tinha no jogo de cartas. Thomas de Quincey, o escritor mais refinado que conheci, mesmo no vício fazia questão de se diferenciar do populacho. Não confundia “a divina luxúria do ópio” com os “prazeres grosseiros e mortais do álcool.” ‘Ahh, Vampirão, agora te peguei! Quer dizer que ópio tudo bem, mas álcool não pode?” Pegou porra nenhuma, cretino! E não quero dizer nada. Já estou dizendo: Continue bebendo aquela mistura de pinga com “Tang” enquanto se emociona com a paixão do “Ferraço” pela “Maria Louca”.



O Leitor Escreve (ou desenha) 2

Sempre que possível publicarei aqui no Blog artigos, contos, poemas ou cartoons dos leitores. Enviem suas postagens para o e-mail do Blog. Hoje quem participa é o gaudério Reinaldo Pedroso e a Glorinha. Divirtam-se!








 

  

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O melhor amigo do homem



O melhor amigo do homem
anda pelas ruas sem destino
pedinte, não sabe mais ver
seus olhos apagados pela fome, a miséria, o flagelo
Se pôde escolher não sei
o que sei é apenas o que vejo
Se não há julgamento para esse aqui e agora
por que é que muitos andam assim
como antes de sermos tão ignorantes?
Passamos pelas ruas cheias de gente solta
e mesmo não as vendo lá estarão elas
Talvez não em sua cidade, em seu bairro
mas é certo, em sua casa
pois a terra é nossa casa
e se há em algum lugar dessa terra
um ser, pedinte, perdido e sozinho
lá estaremos todos nós também perdidos, pedintes e sozinhos
Não há ciclo que não abrigue o todo
nesse todo tudo se inclui
Não feche os olhos
não ainda
não sem antes tentar abrir os olhos de outro alguém...


Glorinha
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Registra-me...


Qual o seu nome?
De onde vem?
Documentos, onde estão?
O que pensa?
Qual partido político pertence?
Está a passeio ou a trabalho?
Tem família?
Em tantos absurdos do ser humano
talvez haja um que me recolhe por demais os sentidos
retrai o meu ser, inquieta minha existência...
É quando vejo em outro olhar
um olhar inocente e mudo
de respostas sem perguntas
de janela sem horizonte
de porta sem maçaneta
de presença na ausência do outro
É quando questiono esse aviso
desse olhar expressivo
que abriga a humanidade inteira
e que desabrigado está de tudo e todos
Quando inclino meu olhar nesse lugar
que está nesse outro olhar
sinto-me pequena novamente
só para poder abraçar
como criança essa outra criança
pois elas, as crianças, se entendem
e talvez entendam os “adultos” muito mais
do que eles próprios.

Glorinha
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Participem da enquete:

 Já que os petistas querem ajudar os tucanos a escolher o seu candidato à presidência, vamos dar uma forcinha para eles escolherem o seu. Votem na enquete ao lado.



 
Para quem interessar possa (prestem atenção na letra):

FEBEAPÁ em Tempos de Esquerda

Texto publicado originalmente no Blog do Gerald Thomas em 29/01/2009 

Terrorista do PAC

É ÓBVIO, desconfiado leitor, que não falarei sobre o PAC da nossa Ministra Dilma, o  seu “Programa de Aceleração do Crescimento”. Por que falaria? Quero me referir ao terrorista italiano Cesare Battisti e seu “Proletários Armados pelo Comunismo”. Só porque ele andou explodindo os miolos de alguns de seus conterrâneos, vejam só!, o Governo Italiano quer sua extradição. Tarso Genro, Ministro da Justiça do Brasil e grande poeta, sujeito macho, como todo bom gaúcho, peitou toda a opinião pública italiana e ainda deu uma lição de moral nos juristas daquele país. Esses italianos! Só porque conseguiram desarticular toda a máfia daquele país, com a famosa operação “Mãos Limpas”, acham que podem se comparar ao Governo brasileiro. Não, não é bem assim! Primeiro devem aprender com a nossa justiça como punir criminosos, principalmente os de colarinho branco. Battisti e seu advogado, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh - um dos advogados de Daniel Dantas - podem ficar tranquilos: Daqui Battisti não sai, daqui ninguém o tira!

Depois, tem outra: Como Cesare Battisti poderia ser extraditado para uma prisão italiana? Nem pensar! Prisões devem ser como as brasileiras. As do Pará, da Governadora Ana Julia, também petista, por coincidência, são as melhores. E não adianta a direita deletéria inventar que numa dessas prisões uma menina, de menor idade, era sistematicamente estuprada em troca de comida. Não, para a Itália não! Se a Itália fosse tão civilizada como dizem, nosso presidente Lula teria pedido cidadania italiana, e não cubana, como fez. Por outro lado, se o Brasil fosse tão ruim, como alegam os italianos, a familia de Celso Daniel, prefeito assassinado, do mesmo partido dos nosso presidente, teria pedido asilo politico, sei lá onde. Na França, talvez. Além do mais, Tarso Genro, esse humanista, sabe o que faz. Que o digam os boxeadores cubanos, aqueles cruéis traidores! As relações exteriores do Brasil com o resto do mundo, diga-se de passagem, nunca estiveram tão em evidência como neste Governo petista. Os tiranos israelenses e norte-americanos e os democratas do Sudão e do Hamas sabem muito bem disso. Já provaram todo o discernimento do nosso grande presidente.

Eu não consigo entender tanta má vontade com o Lula por parte de setores da Imprensa. Aquele colunista da Veja, não o tal de DiEgo, aquele outro, sim, o do chapéu, esse mesmo: Por que tanto ódio ao nosso presidente? Oras, todos sabemos que Lula sempre foi um trabalhador modelo. De vez em quando perdia um dedo no torno mecânico, mas, convenhamos, isso até que é normal, acontece sempre… O importante é que tanto Lula como seus familiares continuam vivendo modestamente, como antes de chegarem ao poder. Um dos filhos do presidente, me corrijam se eu estiver enganado, continua trabalhando como zelador num Zoológico. Se fosse um oportunista já estaria milhonário. Mas o colunista não se cansa em criticar. Vive inventado calúnias. Só falta, agora, inventar que o nosso presidente bebe em demasia. Essas pessoas, esses pseudo-jornalistas, têm o terrível hábito de chamar todo aquele que rouba de ladrão. Todo aquele que mata, para eles, é assassino. Não entendo o porquê de tanta rigidez axiomática. Nós, os brasileiros, somos um povo de gingado, temos os nossos valores, como o Samba, o Futebol, o Carnaval, a cachaça. Aprendemos a ver a coisa sempre em seu contexto. Sabemos relativizar nossos conceitos. Além do mais, ninguém acredita mais nessa conversa de “mensalão”, “caixa-dois”, etc. Nós, povo da Banâni… (ops!), digo, povo do Brasil, somos espertos o bastante para não acreditar nessa mídia golpista, É ÓBVIO! 

Um internauta me mandou uma ficha que rola na Internet. Não entendí muito bem. Só me enviou a ficha com os seguintes dizeres: “Terrorista do PAC”. Por desencargo de consciência, publico abaixo a tal ficha. Mas já adianto que não acredito se tratar de Cesare Battisti. Vejam que estranho:  




Brasil, um país de todos

Já que o Brasil dará asilo a Cesare Battisti - inclusive recomendo que lhe seja concedido uma indenização, uma bolsa-ditadura – e já que também demos asilo político ao Padre Medina, terrorista das FARC - com direito a emprego para sua mulher (isso que é padre revolucionário: é padre, mas gosta de mulher, que ninguém é de ferro) - quem sabe, amistoso leitor, se não poderíamos ajudar Obama com os presos de Guantánamo? Não, apenas isso, não! Seria muito pouco diante da grandeza humanista de Tarso Genro. Por que já não aproveitamos e resolvemos também o problema no Oriente Médio? Claro, deslumbrado leitor! Os Palestinos precisam de um Estado, não precisam? Então! Criamos um Estado dentro de Banân… (putz, que mania, essa minha!), digo, criamos um Estado dentro do Brasil e damos abrigo não só aos prisioneiros de Guantánamo, mas também aos libertários do Hamas, do Taleban, do IRA… Cesare Battisti poderia ser o, digamos, prefeito desse Estado. Filia-se ao PT, paga 10% ao partido e está tudo certo! Nunca antes nestemundo…

A SEMANA

Prolixa Imaginária Entrevista Com Dalton Trevisan





Vamp: Continuo usando o nick “O Vampiro de Curitiba”?



Dalton Trevisan: Sim.



Vamp: Obrigado!
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Resultado da Enquete: Até o momento em que escrevo, o resultado da Enquete é o seguinte:

Sobre o atual Template do Blog:

Que chique, Vamp! 21 (58%)

Odiei. 1 (2%)

Bem mais ou menos, pode melhorar. 4 (11%)

Tinha que ser coisa do Vamp! 10 (27%)


Não sei se vocês foram mais gentis que sinceros, mas a maioria achou o Template do Blog muito chique. Enviem sugestões para a próxima enquete, ainda não pensei em nada.


A Frase da Semana


Semana produtiva, em vez de uma, temos duas “Frases da Semana”:

O ser perfeito não acredita em Deus, acredita na sopa, no asteróide, no cometa. O ser perfeito, parido pelo acaso, não enxerga o absurdo, não sente os minutos, concluído, define tudo como evolução, que conforto metafísico. A ameba comeu o amebo, o ovo nasceu, chocado, o Universo gozou, ao saber que não era estéril, que o caos produz, bilhões de seres incrédulos, por acaso, ou, estúpida probabilidade, probabilidade egoísta, masoquista, esquisita, probabilidade não dedutiva.” [Do Leitor Tene Cheba, ironizando os ateus (eu incluso.)]



"Lula criou o Luz Para Todos. Senhor presidente, venha e acenda as luzes no Oriente Médio.” (Do presidente israelense Shimon Peres, duas horas após o apagão que parou o Brasil. Lula, que, óbvio, não entendeu nada do refinado humor judaico, achou que era um elogio.)


A Imagem da Semana




Mesmo “fechado”, o Blog do Gerald continua sendo muitíssimo acessado, batemos um milhão de acessos. Ou mais de 1.670.000 páginas acessadas. SAUDADES!!!


ZEITGEIST

Tempos sombrios? Já foi o tempo em que a Universidade era para os melhores. Hoje, com o fim da Meritocracia e com a vulgarização de tudo, a Universidade brasileira se transformou nisso aí que vocês vêem (reforma ortográfica é o cacete!) no vídeo abaixo:




O LEITOR ESCREVE 1

Conforme conversamos, sempre que possível publicarei textos de leitores do Blog. Iniciamos com um texto da Ana Peluso (link ao lado), colaboradora do Gerald desde os tempos em que seu Blog era no UOL.


A aldeia de io_u


 (print screen de uma região do Sul da África - Google 2007)



Vista aérea virtual da aldeia de io_u. Disse-se de sua ocupação por elementos do meio-oeste alfabético, e do aumento incontrolável de parte de seu território:

A aldeia de io_u só não é próspera por não ter sido colonizada pelo alfabeto inteiro. Mas isso não impede o crescimento ilícito de parte dela. Basta ver a desproporção da região i em relação às regiões o e u. Com isso, alguns elementos do sul de u migraram para o centro de o (o que sequer era cogitado no projeto inicial) numa tentativa - nitidamente desastrosa - de equiparação de territórios.

Não há provas, mas resistentes afirmam que a região i recebeu ajuda não oficial de algumas facções do alfabeto, como do l, e do j disfarçado. E de dois expoentes numéricos. O 1 e o 7.

Há quem acredite que todo expoente numérico participa do aumento ilícito de i, "Afinal, é muito fácil camuflar os números, se grafados de forma digital", afirma um elemento que mora no centro de i, e que prefere não ser identificado.

Outro, por sua vez, acusa não apenas o expoente numérico, mas o alfabeto inteiro de auxiliar a expansão ilícita de i. "Qualquer letra, grafada de forma digital, pode estar camuflada ali, e encontrando-se sobrepostas, que é o que eu acredito que aconteça, jamais provaremos suas participações clandestinas no aumento do tamanho de i."

O alto comissariado de io_u, contudo, descarta essas possibilidades, com base na alegação de 'ilegitimidade do uso corporativo'. "Não faria o menor sentido io_u não receber ajuda de todo o alfabeto durante a sua colonização, para agora sofrer inflação na região i com infiltrações não oficiais. Mesmo do expoente numérico. Essas afirmações são rídiculas", finalizou o representante chefe do centro do comissariado.

A base de dados de io_u demonstra relatórios de chuvas crescentes na região, o que leva alguns cientistas a pensarem na possibilidade de inflação holográfica, que teria por base a refração da luz causada pelo excesso de água na região.

Grosso modo, significaria que a expansão de i em relação a o e u, não passaria de uma ilusão de ótica.

E você, o que acha?


Ana Peluso, 1966, ilustradora, escritora, poeta, bloga no: http://laescenadelamemoria.blogspot.com/



Texto originalmente publicado na revista de Ciência & Cultura da UNICAMP "Temas & Tendências", na seção "Literatura", coordenada por Alcir Pécora.

Bate-papo com Leitores




Obrigado!



Fiquei extremamente feliz - a palavra é esta – com a participação de todos vocês que compareceram no primeiro post do “Blog do Vamp”. Agradeço a cada um, de coração. A grande maioria dos comentários foi de leitores do Blog do Gerald. A idéia é mesmo essa: ter mais um espaço, além do excelente G-diet (link ao lado), para os leitores que acompanhavam o Gerald no seu blog.




Abrindo o Jogo


A maioria dos leitores já sabe de minhas posições. Sou, basicamente, um individualista radical. Não aceito nada que pretenda delimitar o indivíduo. Por isso abomino a idéia de Estado, partido, religião, deus... Agora, cada leitor tem suas próprias convicções, sua religião, seus valores, seu partido político, etc.. Por que digo isto? Para que não ocorra neste espaço o que acontece em muitos outros blogs, ou seja, aquele famoso Fla-Flu, aquela briga entre torcidas adversárias. Vamos, independentemente de partidos, discutir idéias, usar de argumentos, respeitando a opinião do nosso diferente. Cada um sinta-se absolutamente livre para comentar sobre qualquer assunto, mas se alguém pensa em fazer campanha política, para quem quer que seja, não está no lugar certo. Existem outros blogs para isso.



Desafio


E já que o valor maior do Blog é a livre expressão, sugiro que enviem sugestões de vídeos, assuntos, reportagens, etc.. Mas quero ir além disto. Quero propor um “desafio” aos leitores: usem este blog para divulgar seus próprios textos. Vale tudo: crônicas, contos, poemas... O único limite é o tamanho, que não deve ser muito longo. E o bom senso, óbvio.

Enviem para o e-mail do Blog, aí na coluna lateral. Além do texto, podem, também, enviar imagens e vídeos para compor o post.

E aí, vão encarar?

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Se alguém ainda não leu, mais dois textos que publiquei originalmente no Blog do Gerald:

Os Incomuns. Ou: A Revolução dos Bichos






O vídeo foi sugestão da minha polaca, muito legal: