Blog do Vamp

O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

O Blog meio que de férias (Atualizado em 20/01)

Pessoal, se antes o Blog estava meio devagar era porque eu estava trabalhando, quase sem tempo para escrever. Agora é porque estou de férias. Passei sábado e domingo em Copacabana e Leme. Hoje e mais alguns dias estarei em Ipanema e Leblon.

Não, não fui assaltado nem nada. Pelo contrário, eu que tive vontade de assaltar uns gringos. Brincadeira, eu sou da paixxx!  Alô, Claudio Diet Martins, cadê você?


(Vamp, o mais carioca dos curitibanos (com suas pernas nada bronzeadas), tentando convencer Carlos Drummond de Andrade sobre o fim da Poesia)

Se ninguém me sequestrar até lá, e eu não me perder na Cidade Maravilhosa, sexta-feira volto à rotina do Blog. Enquanto isso, mandem ver nos comentários.


Atualização em 20/01 - Quarta-feira

Comunidade da Rocinha, povo guerreiro e batalhador

Muito se diz sobre a Rocinha, essa que é uma verdadeira cidade dentro da Cidade Maravilhosa. Para ver qual é a realidade daquela comunidade eu e minha polaca deixamos os malucos do Posto 9 (que loucura!), em Ipanema, e fomos conhecer de perto, ou melhor, de dentro, aquela região.

Conversei com vários moradores, todos diziam o mesmo: ninguém quer um Estado paternalista (a expressão que eles usavam é exatamente esta), mas exigem apenas educação de qualidade para seus filhos poderem competir com os filhos dos moradores do asfalto de maneira menos desigual.

Entre os fatos que mais me chamaram a atenção está o de que a maioria dos moradores é branca, vinda dos estados do nordeste do Brasil. Há, dentro da favela, três agências bancárias, um comércio vigoroso, três Igrejas Católicas e mais de vinte protestantes (sete igrejas evangélicas para cada católica).

Vale ressaltar que inúmeras benfeitorias estão sendo realizadas pelo Governo Federal através do PAC. São obras que têm o reconhecimento dos moradores.

Abaixo algumas fotos tiradas por mim e pela polaca lá de dentro do morro, de cima da laje da casa de um morador:






(Polaca do Vamp num dos inúmeros becos que levam à Rocinha)


(Vamp e a vista da cidade de cima da laje de uma residência da Rocinha)



O Vampiro de Curitiba


Direitos Humanos E Humanos Nem Tão Direitos

Falta pouco para acabar o governo lulo-petista. Mas eles ainda têm tempo pra fazer muita merda. Querem fazer na saída tudo o que não tiveram coragem de fazer na entrada. Sim, me refiro ao tal de Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Não vou entrar no mérito de todas aquelas questões, até porque o Governo já amarelou, já mandou os blogs chapas-brancas avisarem que não é bem assim, aquele papo de sempre.

E aqui quero fazer um parêntese para falar destes blogueiros: eles não têm idéias próprias, mudam-nas conforme a ordem do governo de plantão. Tem uns que eram radicalmente contra o que chamavam de “privataria do Governo FHC”. Hoje, como recebem patrocínio da Vale, consideram esta empresa privatizada o modelo de boa gestão. Tem outro que chegou a pedir o impeachment do Lula. Orientou aquele delegado maluco da PF a escrever uma carta denunciando o presidente. A carta foi enviada, acreditem!, a ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos da América. Isso mesmo, ao próprio presidente Barack Obama. Hoje o sujeito tem seu blog patrocinado pela Caixa Econômica Federal. Ou seja, nós pagamos com o nosso dinheiro o preço da chantagem feita pelo “jornalismo de serviços”.

Como disse, não vou analisar todo aquele amontoado de lulices de que trata o PNDH, mas tem uma questão lá elencada que quero comentar. E é justamente uma das poucas questões relevantes e com a qual concordo: aquela que se refere ao uso de símbolos religiosos em repartições públicas. Os esquerdistas, por motivos errados, abraçaram uma causa correta. Eu sei, eles querem retirar estes símbolos religiosos - na prática cristãos- das repartições públicas tendo como objetivo o enfraquecimento da Igreja e o fortalecimento do Estado, adoradores que são deste deus socialista. Eu quero a retirada destes símbolos, mas objetivando justamente o contrário: o fortalecimento do Indivíduo e, conseqüentemente, o enfraquecimento do Estado. Como ateu, não admito entrar num órgão público e ter de jurar sobre uma bíblia que para mim não passa de um livro sobre lendas. Muito menos quero ver meus filhos entrando em uma sala de aula, local de aprendizado, de busca de conhecimento científico e se deparando com um homem pregado a uma cruz. Isso é um absurdo! É deprimente! Que cada um cultue suas excentricidades no aconchego de seu lar, ou em igrejas e templos, não em repartições de um Estado que se pretende laico.

Faço questão de levantar essa questão porque percebo muita gente bem intencionada confundindo as coisas. O esquerdista, marxista principalmente, não é um ateu. Ele quer substituir este deus ocidental pelo deus Estado. Eles são religiosos, acreditam na seita marxista-leninista, têm seus santos (Mao, Stalin, Fidel), seu próprio evangelho, seu demônio (o Mercado), etc. Querem substituir um Pai protetor por outro; o ateu quer seguir sem o olhar de pai algum. Eles querem fortalecer o deus Estado; o ateu quer destruí-lo.

Outro assunto que deveria estar na pauta dos direitos humanos é a questão da descriminalização, ou descriminação, como queiram, do uso de drogas. Eu era defensor da liberação apenas da maconha. Mas não dá! Não dá para ver toda hora um sujeito como o Carlos Minc me dizendo que aquilo eu posso, mas aquele outro não. Chega de o Estado decidir o que é bom ou mau para minha vida. Recuso o conceito de “ser saudável” que algum iluminado do governo de plantão quer me obrigar a seguir. Até porque essa gente de saudável não tem nada, são pessoas doentes, recalcadas, ressentidas e... chatas!

“Liberar geral, Vamp?” Liberar a droga toda! Que cada um conduza sua vida como bem entender! Que consuma ou deixe de consumir, a substância que for, por sua livre e consciente escolha, não por ter medo de ser punido pelo grande irmão. Quem quiser cheirar pó, que cheire em paz! Quem quiser queimar capim, que queime - assim como se bebe até a última gota do bendito cálice, por que não?- até a última ponta!

A essas ameaças à liberdade temos que reagir com mais liberdade, não entrando no jogo deles. Acordem, tucanos! Não basta o papelão de ter de ficar esclarecendo a toda hora que esse mostrengo fascista do PNDH não foi uma iniciativa de vocês? Vamos parar com essa palhaçada de proibir cigarro em propriedade particular. Eu bem que estou querendo parar de fumar, mas o proprietário do estabelecimento e seus clientes sabem muito bem o que é melhor para suas respectivas vidas. Cuidem das suas! Vão pastar! Queimar capim ainda não pode, mas comê-lo tá liberado!


O Vampiro de Curitiba

O Caso Casoy e o Ponto G

Não escrevi sobre o assunto por considerá-lo irrelevante, mas já que alguns leitores me pediram e já que não li em lugar algum uma análise serena e objetiva do caso, vou dar meu pitaco sobre o comentário feito pelo Boris Casoy sobre garis, que acabou vazando para a Internet e provocou a ira da Al-qaeda eletrônica.

O âncora do Jornal da Band, depois de assistir no seu próprio jornal dois catadores de papel desejando um feliz ano novo, "com muita sorte, muito dinheiro", etc., fez um comentário no intervalo comercial. Esse comentário foi jogado na net e virou objeto da patrulha ideológica dos politicamente-corretos.  Eis o motivo de tanto ódio:

"Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho..." (Boris Casoy)


Sinceramente? Não encontrei nestas palavras nada de ofensivo, muito menos de preconceituoso. Garis, não são, digamos, pessoas de muita sorte, profissionalmente falando. E era de profissões que Casoy falava. Nada pessoal contra os catadores, portanto. Mas o senso comum brasileiro funciona assim: não se pode fazer críticas a determinadas classes sociais. Pode-se criticar apenas banqueiros ou a famosa "elite", seja o que for que esses idiotas entendam por "elite". Os "oprimidos" são de propriedade da esquerda, não se pode criticá-los. E vejam que o jornalista nem fez qualquer tipo de crítica, apenas achou a situação um tanto quanto surreal.

Talvez Boris Casoy devesse usar os mesmos termos que o presidente Lula utiliza para se referir ao povo. Dia desses disse que o povo "tá na merda". Em outra oportunidade comparou o povo de São Paulo a porcos. A patrulha criticou o presidente? Nada! Ou seja, afirmar que lixeiros são "o mais baixo da escala de trabalho" não pode. Tem de dizer que os lixeiros estão na merda. Aí vira herói. Toda essa repercussão apenas comprova um fato: Boris Casoy é respeitado, as pessoas se importam com o que ele diz. Já Lula não é levado a sério por mais ninguém, pode falar as asneiras que quiser, ninguém dá bola. 

Como eu disse, nem iria escrever a respeito, mas, se não escrevesse, eu não seria eu. Não se trata de defender este ou aquele, mas sim de defender a liberdade de expressão. Mesmo - e principalmente -  que essa expressão não me agrade.

Agora, o fato que me chamou a atenção mesmo foi uma reportagem do Estadão. Eu considero a maior descoberta da humanidade, observem:


Ponto G é imaginação das mulheres, diz estudo

"Estudo do King"s College, de Londres, concluiu que não há provas da existência do chamado ponto G - suposto aglomerado de terminações nervosas próximo ao clitóris que, quando estimulado, provocaria elevados níveis de excitação sexual e orgasmos. Ele foi descrito pela primeira vez pelo cientista alemão Ernst Gräfenberg, em 1950. O trabalho foi divulgado ontem pela BBC.

O estudo analisou entrevistas de 1.804 mulheres e, para os cientistas, o ponto G não passa de imaginação, "estimulada por revistas e terapias sexuais". As entrevistadas tinham entre 23 e 83 anos e eram gêmeas idênticas ou não idênticas.

Das 56% mulheres que declararam ter o ponto G, a maioria era jovem e sexualmente mais ativa do que a média. Os pesquisadores, no entanto, esperavam que, no caso de uma das mulheres relatar ter o ponto G, a probabilidade de sua irmã ter a mesma resposta seria mais alta, mas isso não ocorreu.

"Esse é o maior estudo já realizado sobre o assunto e mostra, de forma conclusiva, que a ideia do ponto G é subjetiva", afirmou Tim Spector, coautor do estudo. Para os pesquisadores, os resultados podem ajudar quem sofre por não encontrar o ponto G.

No entanto, o estudo foi considerado "falho" por Beverley Whipple, que ajudou a popularizar o conceito do ponto G nos anos 70.

A pesquisadora destacou que gêmeas normalmente não têm o mesmo parceiro e que o estudo não analisou as opiniões de lésbicas e bissexuais, que se utilizam de diferentes técnicas sexuais"

Como assim? Quer dizer que era tudo mentira? Ficamos procurando por algo que sequer existe? As mulheres que me perdoem, mas me sinto enganado. Iludido. Ludibriado. Ficamos a vida toda tentando encontrar o tal ponto G, eternamente procurando-o, esperando-o,  como alguém que espera Godot. 

Leitoras, acreditem: no caso, o que importa é a procura, não necessariamente a descoberta. Vamos, portanto, esquecer dessa matéria e continuar nossa eterna busca. Eu prometo que continuarei tentando. Neste entra-e-sai frenético o importante é o caminho que se percorre, não a chegada. A chegada, aliás, é apenas o fim.

O Vampiro de Curitiba