Blog do Vamp

O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

Mão Morta


Ainda estou em Mato Grosso.
Assistam o vídeo da banda portuguesa "Mão Morta", o final é surpreendente.





No calor da febre que me alaga toda a fronte
Sinto o gume frio da navalha até ao osso
Sinto o cão da morte a bafejar no meu pescoço
E a luz do sol a fraquejar no horizonte
Já desfila trémulo o cortejo do passado
Que me deixa quedo, surdo e mudo de pesar
Vejo o meu desgosto na beleza do teu rosto
Sinto o teu desprezo como um dardo envenenado

Morro Morro No altar de ti
Morro Morro No altar de ti

Sopra forte o vento na fogueira que arde em mim
Sinto a selva agreste nos batuques do meu peito
No cruel caminho em que me lança o desespero
Sinto o gelo quente do inferno do meu fim
No calor da febre que me alaga toda a fronte
Sinto o gume frio da navalha até ao osso
Sinto o cão da morte a bafejar no meu pescoço
E a luz do sol a fraquejar no horizonte

Morro Morro No altar de ti
Morro Morro No altar de ti

Sinto o cão da morte a bafejar no meu pescoço
Sinto o cão da morte a bafejar no meu pescoço

Morro Morro No altar de ti
Morro Morro No altar de ti

Supercordas




Supercordas

Supercordas

(Divagações de uma partícula sub-atômica com crise de identidade)

Ó! Sólitons de cor
Aplaquem minha dor
Existo em 11-D
Não posso ver você
Supergravitando em vão

Dimensões frugais
Abrindo os canais
Em planos desiguais
Incrivelmente em paz
Supersimetria...

Não há flutuação
Só estranha vibração
Que gera o que me faz
Anulam-se vitais
Superparcerias...

Mas não me entenda mal
Meu par elemental
Se esconde por detrás
De espaços minimais
Superdimensões...

E eu não sei se sou só
Um laço ou um nó
De tudo o que eu não sei
Eternamente eu sei
Supercordas vão vibrar



O Vampiro de Curitiba

Nossa História Em 2 Minutos

Maravilhoso! Assistam, vale a pena.
Video feito pelo americano Joe Bush, de 19 anos.
Som de Zack Hemsey.







O Vampiro de Curitiba

No Centro do Nada



Preciso sair. Viver não é preciso, chegar também não. Sair é preciso!

Curitiba 12 graus. Banho de lua.

Chegar onde? Pele morena. Boca grande. Fico branco como a neve.

Cuiabá quarenta e dois graus. Fugir. Não me encontrar. Diferença: trinta graus. Trinta anos, velha aqui.

Eu de novo. No centro do nada. Chapada do Guimarães. Centro geodésico da América do Sul.

O Inferno é quente. Eu sou frio. Mente vazia. Chapada? Do Guimarães. Eu de cara.

O centro do Mundo é meu umbigo. Do Brasil é Barra do Garças. Do rio Garças. Não da Tijuca. É barra!

 Mato  Grosso encontra Goiás. Centro. O Garças encontra o Araguaia. Sertanejo: vou nadar e morrer... no rio Araguaia. Eu não encontro nada.

Bundas redondas. Peitos redondos. Cabeças quadradas.

Comer jacaré. Só tabaco. De eterno verde, adoro  o verde. Não é Ipanema. É vida real. Um vampiro tatuado no cérebro. Comer gente, odeio gente.

Indio. Greve! Mensalão e greve. E eu novamente no centro do nada.



O Vampiro de Curitiba