Blog do Vamp

O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

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O Sorriso e o esgar - Texto de Augusto Nunes

Ainda na Selva Amazônica, mas não distante do que acontece na Civilização, achei uma obra-prima do mestre Augusto Nunes (link aí ao lado direito do blog). Este texto eu gostaria de ter escrito. Deliciem-se:


O Sorriso e o esgar


A foto de Dida Sampaio é mais que o registro do momento em que Dilma Rousseff, presidente da República há quase dois anos, cumprimentou o ministro Joaquim Barbosa, que acabara de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal. A imagem documenta a colisão frontal, consumada em estridente silêncio, entre um homem e uma mulher assaltados por sentimentos opostos e movidos por antagônicos estados de ânimo.

O chefe do Poder Judiciário está feliz, de bem com a vida. A chefe do Poder Executivo está contrafeita, nas fímbrias da amargura. Joaquim Barbosa é o anfitrião de uma festa. Dilma Rousseff é a convidada que nada tem a festejar. Está lá por não ter conseguido livrar-se do convite.

Ele se sente em casa e pensa no que fará daqui por diante. Ela pensa no que ele fez e anda fazendo. E se sente obrigada a enviar um recado fisionômico ao padrinho e aos condenados no julgamento do mensalão: se pudesse, estaria longe dali.

Só ele sorri. O sorriso contido informa que o ministro não é homem de exuberâncias e derramamentos. Mas é um sorriso. Os músculos faciais se distenderam, os dentes estão expostos, o movimento da pálpebra escavou rugas nas cercanias do olho esquerdo.

A presidente não sorri. Na tarde de quinta-feira, ela só premiou com um sorriso (e dois ósculos) o companheiro ministro Ricardo Lewandowski. Na foto, o que se vê no rosto da presidente é um esgar. A musculatura contraída multiplica os vincos na face direita, junta os lábios num bico pronunciado e assimétrico, faz o olhar passar ao largo do homem à sua frente.
O descompasso das almas é sublinhado pelas mãos que não se apertam. A dele ao menos se abre. A dela, nem isso. Dilma apenas toca Joaquim com a metade dos quatro dedos. Ele a cumprimenta como quem acabou de chegar. Ela esboça um cumprimento de quem não vê a hora de partir.

Conjugados, tais detalhes sugerem que, se Joaquim Barbosa sabe que chefia um dos três Poderes independentes e soberanos, Dilma Rousseff imagina chefiar um Poder que dá ordens aos outros. Ela já deveria ter aprendido com o julgamento do mensalão que as coisas não são assim. A maioria dos ministros é imune a esgares.

Ministros do STF que temem carrancas nem precisam vê-las para atender aos interesses do governo. Não são juízes. São companheiros. Por enquanto, são dois.



FEBEAPÁ em Tempos de Esquerda

Texto publicado originalmente no Blog do Gerald Thomas em 29/01/2009 

Terrorista do PAC

É ÓBVIO, desconfiado leitor, que não falarei sobre o PAC da nossa Ministra Dilma, o  seu “Programa de Aceleração do Crescimento”. Por que falaria? Quero me referir ao terrorista italiano Cesare Battisti e seu “Proletários Armados pelo Comunismo”. Só porque ele andou explodindo os miolos de alguns de seus conterrâneos, vejam só!, o Governo Italiano quer sua extradição. Tarso Genro, Ministro da Justiça do Brasil e grande poeta, sujeito macho, como todo bom gaúcho, peitou toda a opinião pública italiana e ainda deu uma lição de moral nos juristas daquele país. Esses italianos! Só porque conseguiram desarticular toda a máfia daquele país, com a famosa operação “Mãos Limpas”, acham que podem se comparar ao Governo brasileiro. Não, não é bem assim! Primeiro devem aprender com a nossa justiça como punir criminosos, principalmente os de colarinho branco. Battisti e seu advogado, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh - um dos advogados de Daniel Dantas - podem ficar tranquilos: Daqui Battisti não sai, daqui ninguém o tira!

Depois, tem outra: Como Cesare Battisti poderia ser extraditado para uma prisão italiana? Nem pensar! Prisões devem ser como as brasileiras. As do Pará, da Governadora Ana Julia, também petista, por coincidência, são as melhores. E não adianta a direita deletéria inventar que numa dessas prisões uma menina, de menor idade, era sistematicamente estuprada em troca de comida. Não, para a Itália não! Se a Itália fosse tão civilizada como dizem, nosso presidente Lula teria pedido cidadania italiana, e não cubana, como fez. Por outro lado, se o Brasil fosse tão ruim, como alegam os italianos, a familia de Celso Daniel, prefeito assassinado, do mesmo partido dos nosso presidente, teria pedido asilo politico, sei lá onde. Na França, talvez. Além do mais, Tarso Genro, esse humanista, sabe o que faz. Que o digam os boxeadores cubanos, aqueles cruéis traidores! As relações exteriores do Brasil com o resto do mundo, diga-se de passagem, nunca estiveram tão em evidência como neste Governo petista. Os tiranos israelenses e norte-americanos e os democratas do Sudão e do Hamas sabem muito bem disso. Já provaram todo o discernimento do nosso grande presidente.

Eu não consigo entender tanta má vontade com o Lula por parte de setores da Imprensa. Aquele colunista da Veja, não o tal de DiEgo, aquele outro, sim, o do chapéu, esse mesmo: Por que tanto ódio ao nosso presidente? Oras, todos sabemos que Lula sempre foi um trabalhador modelo. De vez em quando perdia um dedo no torno mecânico, mas, convenhamos, isso até que é normal, acontece sempre… O importante é que tanto Lula como seus familiares continuam vivendo modestamente, como antes de chegarem ao poder. Um dos filhos do presidente, me corrijam se eu estiver enganado, continua trabalhando como zelador num Zoológico. Se fosse um oportunista já estaria milhonário. Mas o colunista não se cansa em criticar. Vive inventado calúnias. Só falta, agora, inventar que o nosso presidente bebe em demasia. Essas pessoas, esses pseudo-jornalistas, têm o terrível hábito de chamar todo aquele que rouba de ladrão. Todo aquele que mata, para eles, é assassino. Não entendo o porquê de tanta rigidez axiomática. Nós, os brasileiros, somos um povo de gingado, temos os nossos valores, como o Samba, o Futebol, o Carnaval, a cachaça. Aprendemos a ver a coisa sempre em seu contexto. Sabemos relativizar nossos conceitos. Além do mais, ninguém acredita mais nessa conversa de “mensalão”, “caixa-dois”, etc. Nós, povo da Banâni… (ops!), digo, povo do Brasil, somos espertos o bastante para não acreditar nessa mídia golpista, É ÓBVIO! 

Um internauta me mandou uma ficha que rola na Internet. Não entendí muito bem. Só me enviou a ficha com os seguintes dizeres: “Terrorista do PAC”. Por desencargo de consciência, publico abaixo a tal ficha. Mas já adianto que não acredito se tratar de Cesare Battisti. Vejam que estranho:  




Brasil, um país de todos

Já que o Brasil dará asilo a Cesare Battisti - inclusive recomendo que lhe seja concedido uma indenização, uma bolsa-ditadura – e já que também demos asilo político ao Padre Medina, terrorista das FARC - com direito a emprego para sua mulher (isso que é padre revolucionário: é padre, mas gosta de mulher, que ninguém é de ferro) - quem sabe, amistoso leitor, se não poderíamos ajudar Obama com os presos de Guantánamo? Não, apenas isso, não! Seria muito pouco diante da grandeza humanista de Tarso Genro. Por que já não aproveitamos e resolvemos também o problema no Oriente Médio? Claro, deslumbrado leitor! Os Palestinos precisam de um Estado, não precisam? Então! Criamos um Estado dentro de Banân… (putz, que mania, essa minha!), digo, criamos um Estado dentro do Brasil e damos abrigo não só aos prisioneiros de Guantánamo, mas também aos libertários do Hamas, do Taleban, do IRA… Cesare Battisti poderia ser o, digamos, prefeito desse Estado. Filia-se ao PT, paga 10% ao partido e está tudo certo! Nunca antes nestemundo…