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O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

A Felicidade Não Existe

Meus amores, eu sei que não tem nada pior para um blog do que não atualizá-lo com certa frequência. Os leitores são cruéis! Se o blog não é constantemente atualizado, simplesmente é esquecido por seus leitores. Eu mesmo, se entrar pela segunda, terceira vez num blog e ali encontrar ainda o mesmo post, dificilmente voltarei a visitá-lo.

O fato é que estou aqui preso em estudos, em reflexões que me impedem de ter a mente livre para outro assunto qualquer. E também não quero escrever qualquer coisa só por saber da crueldade de vocês (rs). Compartilho com os leitores, então, um texto do João Pereira Coutinho. Fala da felicidade. E, principalmente, a meu ver, do Estado. Nestes tempos obscuros em que até aqueles que se consideram "liberais" desejam o Estado-babá lhes dizendo o que devem ou não consumir (sim, estou falando da liberaçao das drogas), Coutinho é um oásis em meio ao deserto: 


A felicidade não existe (João Pereira Coutinho para a Folha.com, em 02/05/11)


Felicidade: haverá tema mais infeliz? É o único conselho: não vale a pena seguir conselhos. Livros de auto-ajuda são livros de anti-ajuda. Transformam a felicidade em direito e, coisa pior, em dever. Conheço casos: gente que começou infeliz lendo um desses manuais e, no final da odisseia, estava mais infeliz ainda. 

Se assim é para os indivíduos, o cenário piora para as nações. Falar de um "país feliz" é tão absurdo como falar de um "hipopótamo voador". Os países não são pessoas. Mas os políticos tentam. 

Leio regularmente que, por toda a Europa, filósofos, psicólogos e economistas estudam medidas públicas destinadas a elevar a felicidade da população. Alguns especialistas falam mesmo em "Felicidade Interna Bruta" como mais importante que "Produto Interno Bruto" para medir a riqueza de um país.

E, nos Estados Unidos, conta o "The New York Times" que o Censo de Boston começou a perguntar aos habitantes quão felizes eles se sentiam. A ideia do poder político é reunir respostas, fazer gráficos rigorosos sobre os humores da população - e depois aplicar medidas para tornar o pessoal mais alegre. Sem ser através de químicos no ar ou na água. 

Aviso já: nada disso funciona. E não funciona porque a felicidade não existe - no coletivo. Existem felicidades particulares, individuais, muitas vezes intransmissíveis, que não podem ser reduzidas a um denominador comum. Eu sou feliz quando toco bandolim. O meu vizinho é infeliz quando me ouve a tocar bandolim. Caso encerrado. 

As pessoas não são números. São pessoas: distintas, irrepetíveis. Muitas vezes insondáveis e insolúveis. E aquilo que as torna felizes, ou infelizes, varia de caso para caso --e, mais ainda, de momento para momento. De nada vale eu responder ao Censo que me sinto feliz hoje quando, ainda ontem, eu estava infeliz da vida. 

Mas a felicidade não é apenas um conceito deslocado para pensarmos politicamente; é sobretudo perigoso. A ideia 'utilitarista' de que o governo deve perseguir sempre 'a maior felicidade para o maior número', apesar do seu agradável apelo democrático, pode legitimar situações intrinsecamente desumanas ou imorais. 

Se, por hipótese remota, uma comunidade se sente feliz perseguindo judeus, ou negros, ou mulheres, ou homossexuais, ou anões, que podem os "utilitaristas" responder a esse conjunto de preferências coletivas? Acreditar que a vida moral é uma mera questão quantitativa abrirá sempre portas para horrores mil. 

O Estado quer "promover" a felicidade? Muito simples: basta que se retire das vidas individuais sem exercer sobre elas qualquer poder paternal, autoritário, totalitário.

Quando um Estado pergunta "quão feliz você se sente?", só é possível responder a isso com uma nova pergunta: "E o que você tem a ver com o assunto?"

João Pereira Coutinho, 34 anos, é colunista da Folha. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras, para a Folha.com.




O Vampiro de Curitiba


29 comentários:

Para quem se interessar em conhecer melhor o português João Pereira Coutinho, acabo de colocar aí na coluna direita do Blog o link para seu Blog.

 

O texto é BRILHANTE, Vamp.
Mas eu sou contra liberar drogas novas. Já viu um usuário de crack? É de chorar.

 

Sandrinha, mas a proibição evita alguém de consumir drogas? Algum dia, em qualquer país, alguém deixou de consumir por ser proíbido? Podem meter a população toda na cadeia que este usuário de crack que você cita irá continuar consumindo.
O FHC vem batendo na tecla de liberar apenas a maconha e por isto tem sido atacado justamente por aqueles que se consideram liberais.
Mas nem tô a fim de discutir sobre isso, já me estressei bastante com o Reinaldo Azevedo por esse e alguns outros motivos. Ser Liberal somente quando o governo está com os adversários, pra mim, não funciona.

 

Ah, só pra não ficar nenhuma dúvida: não sei a posição do Coutinho sobre liberação de entorpecentes.

 

Vamp, para responder sua pergunta seria necessário que a droga fosse, de fato, proibida. Mas dá para afirmar isto num país em que traficante dá megafesta de 3 dias?
Dá para dizer que o crack é combatido quando o BNDES financia a Transcocaleira na Bolívia?
Acho que o que estamos vendo é só um aperitivo do que teremos se liberar DE VEZ.

 

Mas nem os EUA, com verba quase ilimitada, conseguem evitar a entrada de drogas em seu território, imagine se o Brasil conseguiria. E mesmo que conseguissem evitar drogas vindas do exterior, jamais conseguiriam evitar a fabricação de outras drogas em solo nacional, não tem jeito.
Com a liberação, ao menos poderia ser feita uma campanha contra o uso.
Eu não consigo entender o porquê das pessoas jogarem todas suas fichas no Estado, na proibição, na cadeia...

 

Vamp, evitar totalmente, ninguém consegue. Assim como não dá para evitar totalmente o crime, o terrorismo... Nem por isso dá para acabar com a polícia e as Forças Armadas.
Conheço consumidor de maconha, e a maior parte não tem a vida afetada por isso. Porém, a maior parte dos meus amigos que consomem álcool também o fazem socialmente. Mas quase todo mundo tem algum parente ou amigo dependente de álcool e sabe que ele não afeta só a pessoa. Por isso o estado tem que proibir até refrigerante e cigarro? O fumante do cigarrinho careta não afeta realmente ninguém a não ser ele mesmo. Mas se o álcool não fizesse parte de nossa cultura não gostaria que ele entrasse nela, e não consigo me convencer que a maconha está mais para o cigarrinho careta do que para o álcool.

 

Sandra, a maconha é bem mais saudável (ou menos prejudicial) que o àlcool e mais ainda que o cigarro, mas não é esse o caso. Eu só acho que o proibicionismo fracassou em todo o mundo. Precisamos de uma nova abordagem neste assunto específico das drogas.

 

Eu acho que os dois últimos parágrafos deste texto do Coutinho têm tudo a ver com o assunto, Sandra.

 

Vamp, PARA O USUÁRIO, talvez. Nem tenho base para discutir isto. Mas, sinceramente, eu deixaria minha filha num carro onde o motorista acabou de fumar um cigarro careta, e não deixaria se o cigarro fosse de maconha.
Temos mesmo que limitar a interferência do estado em nossas vidas, porque geralmente o preço disso é alto e pior do que o mal do qual ele quer nos proteger. Porém, temos que ver se é interessante tirá-lo totalmente. Por exemplo: assistencialismo via bolsa-esmola está se mostrando uma excelente fonte de compra de votos e uma maneira de nunca tirar o indivíduo da pobreza, mas campanha de vacinação também é uma interferência assistencialista. Deixar de vacinar a população não é algo que afeta só o indivíduo.

 

Concordo contigo, Sandra. Eu não quero o absoluto fim do Estado, num Anarquismo, pura e simplesmente. Mas quanto menos ele interferir na vida do indivíduo, melhor. Nessa questão das drogas, por exemplo, tem o lado negativo óbvio dos danos causados pelo consumo. E temos também o lado pior ainda do dano causado pela proibição: o tráfico. A violência do tráfico existe por que é proibida a venda em farmácias ou cafés. Agora, a questão fundamental, pra mim, é a de eu poder ter prazer sem ser incomodado e sem ter de pedir permissão ao Estado - sendo, claro, este prazer não prejudicial a alguém além de eu mesmo.

 

Vamp, se legalizar drogas acabasse com o tráfico, Fernandinho Beira-Mar abriria uma tabacaria.
Acho que não há drogas que só prejudiquem o próprio usuário, mas há algumas em que o prejuízo ao outro é controlável. Caso do cigarro careta. Mas acho que é preciso pensar bem se esse é o caso da maconha antes que ela entre na nossa cultura como o álcool, porque depois não há volta. Eu acho que ela só não faz maior mal porque seu uso é MUITO restrito. Eu perderia umas noites de sono se dependesse de mim tomar a decisão de legalizá-la ou não. Já pensou? Daqui a cem anos, meu nome pode ser lembrado como quem causou um grande mal ou um grande bem à sociedade. A decisão de Brizola de favelizar o Rio e tolerar o tráfico irá acompanhá-lo por MUITO tempo.

 

O Beira-Mar talvez não, mas o farmacêutico ou o dono da tabacaria ou do café venderiam de forma legal, fiscalizada, controlada pela Agência Sanitária e pagariam seus respectivos impostos para que o Estado fosse prender político safado em vez de ficar mordendo maconheiro.

 

Resumo-Executivo da Declaração da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia

Reunidos na Fiocruz, os participantes da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD) vêm a público apresentar as suas conclusões em seguida a 18 meses de trabalhos. Somos um grupo que reúne especialistas de vários domínios, como a Saúde, o Direito, a Economia, as Finanças, o Jornalismo, a Segurança Pública, a Ciência, as Religiões, as Artes, os Esportes, os Movimentos Sociais.

Constatamos que alcançar um mundo sem drogas, como proclamado pela ONU em 1998, revelou-se um objetivo ilusório. A produção e o consumo clandestinos mantêm-se apesar do imenso esforço repressivo. Além dos cultivos, uma nova geração de drogas sintéticas espalhou-se mundo afora. O estigma dificulta a prevenção e o tratamento, que são fundamentais. Contribui, na prática, para um afastamento de parcelas da juventude das instituições públicas. Os altos ganhos do negócio ilícito reforçam o crime organizado e a corrupção, gerando situações insustentáveis, no Brasil e internacionalmente.

No Brasil, o mercado de drogas ilícitas age abertamente, oferecendo seus produtos à luz do dia. Esse mercado, altamente capitalizado, consegue sobreviver inclusive graças a seu poder de corromper nossas instituições. A associação entre drogas ilícitas e armas gera um ambiente de grande violência e insegurança.

Propomos, portanto, que se abra o debate de maneira franca, sobretudo nos ambientes de convivência jovem. Enquanto as drogas forem encaradas como um tabu, não se discutirá a sério sobre elas na escola, na igreja, na mídia, nas unidades de saúde, nem mesmo em casa com nossos filhos. Necessitamos de boa informação, cientificamente ancorada, que nos ajude a encontrar alternativas. Apelamos às redes sociais, às autoridades (Executivo, Legislativo, Judiciário) e aos órgãos de imprensa para que acolham e estimulem este debate, com destemor.

A mudança do enfoque, com o reforço do papel da saúde pública, deve levar a melhores resultados. As políticas atuais contra o tabagismo são um bom exemplo. A limitação dos espaços e da idade de consumo permitido, as campanhas abertas e bem feitas, o foco na saúde, a participação das pessoas mais próximas, sobretudo de crianças e jovens, tudo isto gera um movimento de opinião que intervém de fato nas consciências e no comportamento. É mais efetivo e menos traumático.

continua...

 

continuação...

Há diversos exemplos a observar: Holanda, Bélgica, Alemanha, Espanha, entre outros. A experiência de Portugal é particularmente interessante: desde 2001, a posse e o porte para consumo pessoal de todas as drogas foram descriminalizados naquele país irmão. Descriminalizar não significa legalizar. Significa dizer que, muito embora seu consumo ainda seja proibido, os infratores não são encaminhados à Justiça Criminal. São acolhidos por comissões especiais cujo objetivo é auxiliar o usuário a preservar sua saúde. Após dez anos desta política, Portugal reduziu a criminalidade, produziu baixa expressiva na população prisional e, sobretudo, diminuiu o consumo de drogas entre os adolescentes.

Não se deve tratar igualmente drogas de efeitos diversos. O caso da maconha merece atenção específica. É a substância ilícita mais consumida e a de menores efeitos perniciosos. A produção para consumo próprio tem sido regulamentada em outros países, inclusive nos EUA, e está prevista até mesmo na lei brasileira.

No outro extremo, temos o crack, motivo da maior preocupação. Nas ruas e nas comunidades, crianças e adolescentes são consumidos pelo vício, formando grupos de pequenas figuras humanas que vivem em condição deplorável. Aí está um dos maiores desafios para a criatividade das políticas de contenção, assistência e saúde, que dependem, evidentemente, de uma intimidade com o problema, suas vítimas, suas famílias e seus vizinhos, para que se vislumbrem caminhos de resgate e reabilitação, enquanto é tempo.

Sabemos, enfim, que drogas como o cigarro, o álcool e as psicotrópicas, estão próximas e fazem parte do dia a dia. Importa encarar esse fato de frente e indagar sobre como reduzir os danos que cada substância pode provocar. Fazer de conta que vão desaparecer e entregar os seus rastros à polícia, para que delas se ocupe em nosso lugar, já não é admissível. Acreditamos que uma política de drogas mais inovadora e eficaz facilitará o combate ao crime organizado.

Pedimos à sociedade o esforço da discussão serena e equilibrada de um tema que não pode esperar.

 

Sobre esse Pereira Coutuinho: simpatizo com ele, mas nunca vi alguem de 34 anos escrever como se fosse um velho. Velho, digo de....74 anos.


Sobre drogas: Sabndrerrima: vc olha pro viciado em crack nas ruas de Sampa - na condicao em que estao - justamente porque a droga ainda é criminalizada. Nao se sabe o que o traficante vende pro cara. A mistura mata mais ainda do que a droga em si.

Mas esse assunto é justamente o assunto da minha geracao, o da decada de 60 e que viveu Woodstock, etc,

Ate hoje vemos as policias do mundo inteiro perdendo tempo em prender a, b ou c achando que a DEMANDA vai diminuir por causa desses seres presos. Claro que nao vai. If there is DEMAND there will be SUPLY. nada mais simples.

E - ca entre nos - no mundo de Ghaddafis, bombas, IRA mandando mensagens de terror pra nos aqui em Londres, a arte indo pras picas porque a TV so tem merda e os jornais acabam acompanhando a TV....esse ciclo de besteiras acaba dando em escapismo sim.

Sou a favor da liberacao inclusive porque acho que a policia tem mais o que fazer na vida. Estamos num mundo de TERROR gente, No Br talvez nao sintam muito isso. Mas aqui e nos USA cada esquina da calafrios.

E a policia vai perseguir alguem porque possui um baseado? Ah, please
LOVE
G

 

Vamp, mas o argumento era que legalização não acaba com o tráfico. E não acaba. Há drogas legais, mais os traficantes optam por vender as ilegais em vez de abrirem cervejarias e tabacarias. A não ser que se legalize desde crack até remédios tarja preta. O Brasil uma grande cracolândia...? Aliás, é esta a impressão que Gerald e Gabeira me dão quando descrevem Amsterdam: uma cracolândia.
Que legalização aumenta a arrecadação de impostos soa tão chocante como cobrar impostos sobre venda de sangue.
Apoiaria a legalização da maconha se acreditasse que ela não ultrapassasse muito um círculo imaginário ao redor do indivíduo, que é o caso do cigarro careta. Mas não estou acreditando muito nisto. Se estivesse em minhas mãos tomar a decisão de legalizá-la ou não, pensaria MUUUUUITO.
Você legalizaria o crack? O argumento é o mesmo: liberdade individual. Mas... AFFE!!!! É de arrepiar...

 

Gerald, eu acho o Coutinho um dos melhores colunistas da lingua portuguesa nos dias de hoje, apesar de ser tão jovem.

 

Sandra, sou a favor da descriminalização de todas as drogas. No caso do crack acho que deve ser proibida sua comercialização e produção não por causar dependência, mas por sua periculosidade. Se uma criança ingerir acidentalmente uma pequena quantia pode vir a falecer. Existem tipos de venenos que embora ninguém os utilize como entorpecente tem seu comércio proibido, seria o caso do crack.

 

Vamp, bastaria um recado: "Manter longe do alcance de animais e crianças. Em caso de ingestão acidental, procure um médico". O fato é que liberalismo tem limite. Achar o limite é que é difícil.
Gerald, a polícia não persegue ninguém por portar baseado. Legalizar é poder vender nas "maconharias", "ervarias" ou sei-lá-que-rias.
Não é verdade que a idéia da legalização seja acabar com o tráfico, controlar o consumo com propagandas... Tudo isso é para ganhar adeptos não consumidores para a causa. A grande verdade é que o consumidor não quer se sentir um marginal, não quer que lhe atirem na cara que ele faz parte da cadeia do crime. Porque, na década de 60, havia um certo glamour, uma certa rebeldia no consumo de drogas. INclusive, traficante era considerado um membro da resistência, um legítimo guerreiro representante e protetor dos excluídos. Hoje a coisa é diferente. OK! O consumidor não está prejudicando ninguém. Mas o preço do reconhecimento legal deste direito PODE ser muito alto para a sociedade. Eu confesso que não sou grande estudiosa no assunto, mas, pelo pouco que já vi do resultado do consumo de maconha, ela está mais para álcool do que para cigarro, e o álcool restrito a pequenos circulos, também não é um VERDADEIRO FLAGELO.

 

Curioso... estou lendo uma biografia de Fernando Pessoa (maravilhosa, por sinal) e tive exatamente a mesma impressão que você, Gerald, teve do Coutinho: que ele nunca escreveu como jovem.
Mas também tenho impressão idêntica de Rembrandt: que ele nunca pintou como jovem.

 

Mas voltando à maconha, sua legalização não acabaria com o tráfico, mas o que estou interpretando do sinal de nossas autoridades é: não lutaremos contra o tráfico enquanto não houver outra fonte de fornecimento de maconha. Por isso esse banho-maria no Rio. Não há a opção de simplesmente abandonar o consumo porque é um vício. Conversa mole que maconha não vicia.

 

No Brasil nenhum usuário de droga poderá ser preso porque nao existe mais pena de reclusao ou detenção por porte de entorpecentes, o juiz tem tres opções: repreensao, prestação de serviço a comunidade ou internamento.A antiga lei já foi revogada há alguns anos. Então praticamente já há descriminalização do uso de drogas. Já a lei é rigorosa para o traficante. Mas sejamos realistas, se compra droga em qualquer hora ou esquina do Brasil, nao sei se sou favoravel a legalização do comercio(esse é o termo certo), mas a política praticada ate o momento não deu certo. Sandra, uso de drogas envolve muito mais fatores do que policia ou governo Lula.

 

Juliano, a política praticada até o momento é de liberou-geral, não de repressão. Traficante dá mega-festa, ninguém é penalizado por usar drogas. NÃO EXISTE REPRESSÃO. E não está funcionando.

 

"A Felicidade Não Existe"

http://www.youtube.com/watch?v=XuG7XmQGRNE&feature=youtu.be

 

Sandra, acho ridiculo voce comparar Amsterdam com a cracolandia. Os Holandeses liberaram as drogas leves, isto eh, somente a cannabis. Ja estive em Amsterdam varias vezes, sendo a ultima vez em Marco desse ano. No aeroporto de Schipol os voos vindos de lugares quentes como o Brasil sao recepcionados por caes farejadores, justamente para detectar drogas pesadas, que sao combatidas com todo o rigor da lei. Na cidade em si, os viciados em Heroina (junkies) que rondavam a Centraal Station nao sao mais vistos. Entao em termos de drogas mesmo o que se ve, sao as chamadas Coffee Shops, que vedem cannabis e hashish legalmente.
Tem desde as mais comerciais ate umas super alternativas. Eu por exemplo gosto da Dolphins que eh inspirada nos golfinhos e fundo do mar.
A dona eh uma holandesa que fala 5 idiomas fluentemente, inclusive Espanhol ou Ingles. O ambiente eh limpo a agradavel com 10 Euros se compra 1 grama. AQcho bastante caro, a maioria dos clientes sao turistas, pois holandeses preferem consumir em casa. Tudo nao passa de um grande negocio no fundo...

 

Valeu, Gaeta, por compartilhar conosco sua experiência. Eu prefiro pagar mais caro e ter certeza do que estou consumindo.

 

Pessoal, sugiro que continuemos nossa conversa no post acima. É um saco ter de ficar voltando e comentando nos dois.

 

Estou com o paulo gaeta
(e nao abro? eh assim que se diz? abro sim. O negocio eh estar aberto
pro dialogo.)

Quando eu era motorista de ambulancia aqui em Londres nos meus teens,
eu ia pegar os junkies (familias inteiras inclusive seus cachorros) la embaixo na Piccadilly Underground Station.

Ja, na BOOTS (a maior cadeia de drogaria, pharamcia, aqui) tinha uma fila pros "registered" addicted em heroina. E tinha uma fila la de senhores
e senhoras.

Prova alguma coisa?
Nada Prova Nada.

a lei do silencio causa barulho.
a lei seca, fica molhada
e somente a opera continua seca,
como a minha (rs)
LOVE
G

 

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