OBS: Resposta ao Ricardo Kotscho: Esses 5% (aqui em Curitiba são 60%, segundo pesquisas), companheiro Kotscho, são aqueles que ousam pensar por suas próprias mentes e não esperam que o Estado pense por elas.
Kotscho, na boa, leia um livro chamado "Mente Cativa", talvez você nos entenda melhor. Ah, manda um beijo pra sua filha, lá na Lula News!
"No mundo tem gente que não sabe fazer política sem um inimigo." (Lula, o Führer da Imprensa brasileira).
Alguns leitores me criticam dizendo que escevo quase sempre sobre Política. Não é uma crítica que me incomode, mas não é verdade. Escrevo sobre como pensa o brasileiro. É isto que me interessa. Esse pensamento, essa, digamos, metafísica se manifesta em todos os aspectos da cultura (ou falta dela) em nosso país, mas é muitíssimo mais evidente quando o assunto exige escolhas, preferências. Ou seja, é na Politica que a coisa se materializa, se evidencia.
Lula, como todo esquerdista, tem sempre a saída stalin-leninista na ponta da língua: sempre atribua a seus adversários os seus próprios defeitos. Lula estaria sendo falso na sua frase acima? Não, pelo contrário, é de uma sinceridade que choca. Só que com o sinal trocado, óbvio. Ele queria dizer que são os E.U.A aqueles que precisam de um inimigo. Queria, mas, covarde que é, não disse! Ficou nessa insinuação, típico de moleque que não gosta muito do coleguinha da escola e, no entanto, morre de medo de enfrentá-lo. Coisa de petista. Reflitam comigo: o que seria de todo o pensamento de esquerda se não existisse o "cão infiel ianque"? Eu mesmo respondo: não seria! Não existiria esquerdista na face da Terra. Eles só existem porque a metafísica influente dessa gente é sempre culpar os Estados Unidos. Por tudo! Saddam Hussein, Ahmadinejad, Chaves, os irmãos Castro, todos esses tiranos covardes existiram por um único motivo: independentemente dos genocídios que cometeram, das torturas a que submetem seus próprios povos ou do continente em que habitam, um fato faz desses monstros verdadeiros heróis: são contra os E.U.A. Contra o que, especificamente? Contra tudo que seja americano! Sim, Lula, tem gente que não sabe fazer política sem um inimigo. Tem gente que precisa defender todo tipo de genocida, todo tipo de torturador para poder existir...
Aí o leitor poderia me perguntar: e o que a Imprensa tem a ver com isso? Oras, esquerdistas não existem apenas dentro dos partidos políticos. Eu afirmei ainda há pouco que o que me interessa é como o brasileiro pensa, não como pensam nossos políticos que, afinal, não caíram de Marte, foram eleitos pelo povo e, principalmente, pela Imprensa. Estou falando dos "vendedores de serviços"? Gente da credibilidade de um Paulo Henrique Amorim? De um Luis Nassif? De um Ricardo Kotscho, o "Plínio Salgado do Petismo" (by Diogo Mainardi) ? Óbvio que não! Jamais perderia meu tempo com essa turma. Eles são comerciantes, não jornalistas. Falo dos jornalistas sérios, bem intencionados, mas que sofreram lavagens cerebrais nas madraçais do Petismo em que se transformaram nossas Unversidades e hoje são completos alienados.
Ah, claro! Não se esqueçam de Israel. Os talibãs tupiniquins odeiam Israel. Por quê? Oras, porque são aliados do Ocidente. "Mas esses idiotas alienados não vivem no Ocidente? O Brasil não está no Ocidente?" Pois é, alguns deles, inclusive, não passam mais que um ano sem visitar a Disneylândia. Ou vocês acham que esses progressistas (sic!) vão gastar o patrocínio da Caixa e da Petrobras no Irã ou na Venezuela?
Sobre o senso comum brasileiro, escrevi em Dezembro de 2008, ainda no Blog do Gerald Thomas:
Lula 70%: a Síndrome de Dom Quixote Vira-Lata
Banânia está em festa! E qual o motivo de tanta comemoração? Atingimos, por acaso, a perfeição em nosso sistema de Saúde Pública? Estamos oferecendo às nossas crianças uma educação de Primeiro Mundo? Não, saúde e educação, no Brasil, são supérfluas. Não interessa à esquerda um povo educado. Educação não rima com bolsa-esmola. O motivo de tanta agitação é a aprovação recorde do Grande Líder, do grande herói, Luis Inácio Lula da Silva.
Para entender como chegamos a essa situação bizarra em que, depois de tanta corrupção, tanto mensalão, tanto desleixo com a coisa pública, enfim, tanto desgoverno, a aprovação do Presidente da República só tem aumentado, precisamos fazer uma breve retrospectiva:
Uma mistura de catolicismo tropical – com aquele papo de que “é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino do Céu”- com o submarxismo ensinado nas Universidades, gerou, na América Latina, uma cultura do “pobrismo”, do vitimismo. Acrescentando a essa cultura um toque de “jeitinho brasileiro”, formou-se o senso comum do Brasil. Um paradoxo de ufanismo e falta de segurança, onde tudo que é nacional é melhor, mas sempre é preciso a aprovação do exterior. Ninguém dá muita bola para, por exemplo, a capoeira. Mas se aparece uma TV estrangeira filmando nossos bravos capoeiristas, logo dizemos que este esporte é maravilhoso; surgem teorias as mais exóticas explicando como a capoeira levanta a auto-estima do povo, etc., etc. Síndrome de vira-lata. Vira-lata ufanista.
O senso comum brasileiro, confuso por natureza, foi um ambiente propício para o desenvolvimento dessa Esquerda católica e pseudo-marxista que é o PT. Na oposição o esquerdista era um Dom Quixote, aquele herói lunático que pretendia salvar o Mundo das forças do Mal (no caso, ”das elites”), lutando contra moinhos de vento, imaginando que venceria gigantes. Não, o Capitalismo não era um gigante a ser vencido! Os males que atormentam o povo brasileiro não foram causados pelo Capitalismo, mas pela falta dele. Agora, na situação, viraram Dom Quixote às avessas. Olham para a crise (ver post baixo, escrito por Gerald Thomas) que se aproxima, mas, covardes que são, recusam-se a encará-la. Agora que o sangue que escorre pelo chão é verdadeiro, fingem que se trata de vinho tinto: “É apenas uma marolinha”. Ou então: “Não, isso não é mensalão, é apenas caixa-dois”.
Uma parte da imprensa bem que tenta mostrar a realidade a esse Dom Quixote dos trópicos em que se transformou nosso senso comum, mostrando as loucuras que são cometidas pelo devaneio esquerdista. Em contra-partida o Governo até ameaçou criar um conselho nacional de jornalistas com o objetivo de controlar, fiscalizar a mídia, mas nem foi preciso: o “jeitinho brasileiro” se deu mesmo com publicidade estatal. O cala-boca é pago com dinheiro do próprio gigante adormecido, óbvio. E a Imprensa acabou assumindo o papel do fiel escudeiro Sancho Pança. Ela sempre desconfia da porra-louquice do Cavaleiro Andante, mas sempre lhe faz as vontades à espera de um pedaço do governo, ou, simplesmente, de uma boa merenda. Quando alguém ousa chamar a atenção do senso quixotesco, Sancho sempre aparece para salvá-lo: “Não, meu senhor, cavaleiros só travam batalhas com outros cavaleiros. Este que aí está a desafiá-lo não é um cavaleiro, é um “direitista”, não dê atenção a ele.”
A festa continua. Nosso Dom Quixote, embriagado pelo sucesso (ou literalmente) não cansa de destilar (ops!) suas asneiras. Para 70% da população ele é um herói. Eu faço parte da minoria que o considera apenas um idiota.
O Vampiro de Curitiba