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O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

No Centro do Nada

Postado por Vamp às 10:32:00


Preciso sair. Viver não é preciso, chegar também não. Sair é preciso!

Curitiba 12 graus. Banho de lua.

Chegar onde? Pele morena. Boca grande. Fico branco como a neve.

Cuiabá quarenta e dois graus. Fugir. Não me encontrar. Diferença: trinta graus. Trinta anos, velha aqui.

Eu de novo. No centro do nada. Chapada do Guimarães. Centro geodésico da América do Sul.

O Inferno é quente. Eu sou frio. Mente vazia. Chapada? Do Guimarães. Eu de cara.

O centro do Mundo é meu umbigo. Do Brasil é Barra do Garças. Do rio Garças. Não da Tijuca. É barra!

 Mato  Grosso encontra Goiás. Centro. O Garças encontra o Araguaia. Sertanejo: vou nadar e morrer... no rio Araguaia. Eu não encontro nada.

Bundas redondas. Peitos redondos. Cabeças quadradas.

Comer jacaré. Só tabaco. De eterno verde, adoro  o verde. Não é Ipanema. É vida real. Um vampiro tatuado no cérebro. Comer gente, odeio gente.

Indio. Greve! Mensalão e greve. E eu novamente no centro do nada.



O Vampiro de Curitiba


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8 comentários:

Vamp
10 de setembro de 2012 às 09:03

Só uma correção: a Chapada do Guimarães é o centro geodésico da América do Sul, não da Améica Latina. Já corrigi.

 
Tene Cheba
10 de setembro de 2012 às 11:50

Na Chapada do Guimarães, não olhe para sua testa, despreze-a.Você é mais importante, mais chapadão, não acredite muito nesse negócio de centro geodésico até hoje não sabemos qual é o centro geodésico do Universo, pouco me importa este centro, sem disco de acreção não existe centro, nem mesmo um pequeno Buraco Negro.
E eu aqui nessa poluição, monóxidos, dióxidos e outros carbonos.
Você Vamp que é feliz, e come gente, pior depois, ter que cagar toda essa gente, com o perdão da má palavra.

 
Vamp
10 de setembro de 2012 às 12:06

Grande Tene!
Fiz esse post ao teu estilo. Espero que tenha curtido.
Vou lá, ver se como algo. Ou alguém.
Abraço!

 
Tene Cheba
10 de setembro de 2012 às 16:27

Seus textos são muito legais.Pena que escreve pouco, talvez para não corroer o blog com à acidez destes.

 
Vamp
10 de setembro de 2012 às 16:47

Valeu, Tene!
Sua opinião é muito importante para mim, você sabe.

 
Garganta
11 de setembro de 2012 às 15:25

Quem me garante que não existe um dispositivo físico desconhecido que fará o Sol se apagar amanhã? Qualquer lugar da Terra é o centro do nada, do Pantanal à ilha de Manhattan.

A gente sabe muito pouco sobre o que se passa ao redor. Mas a questão é saber aonde é melhor caminhar com este pouco conhecimento: se no Pantanal, em Manhattan, ou Ipanema.

Garganta.

 
Vamp
13 de setembro de 2012 às 17:24

Vou entrar mais algumas centenas de km Brasil a dentro. Bem possivelmente não encontre internet. Se demorar para aprovar comentários, não estranhem.

 
Anônimo
16 de setembro de 2012 às 19:49

Se você pensa que tudo acabou,
ledo engano, está apenas começando
a vida é eterna e o corpo é apenas um meio
não o começo nem o fim, pois tudo sempre existiu e sempre existirá.
Se acha que estou falando besteira, que me prove o contrário.
O tubo de onde vens empurrado pelo vento,
provocado pelo turbilhão do tempo, provém
de uma matéria formada no começo dos tempos.
Ficando a pensar em que isto vem a ser
endoidarás e não chegarás a termo.
Mas se deixar que as ondas perambulem ao derredor
captarás insites que poderão vislumbrar quirelas do vir a ser.
Mas não fique por aí no mundo da lua, ponha os pés no chão.
A vida às vezes cobra dos que vivem no fio da navalha ou em cima do muro.
Meio termo jamais serve de parâmetro para o sucesso.
Ou oito ou oitenta, não seja morno ou o tempo te vomitará.
O futuro poderá ser amargo para os letárgicos.
Eu, você, eles o u todos nós, podemos vislumbrar o fim do túnel
com luzes multicores ou até a escuridão, vai depender
de como você pavimentou a eterna estrada dos seus sonhos.
Não sonhos voláteis, mas sonhos reais, fixos e focado na sua mente
e enrraizados na vontade latente em seu ser.

 

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