Blog do Vamp

O Vampiro de Curitiba




___"Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; Estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, perdem-se a si mesmos; Estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se... "vida"!" (F. Nietzsche)

A Antimatéria


Esqueçamos tudo que nos ensinaram até hoje! A única certeza que temos é que somos feitos das mesmas matérias de que são feitas as estrelas. E os sonhos.



Da Veja:

Física

Pesquisadores aprisionam antimatéria por 16 minutos

Experiência realizada pela Organização Europeia de Pesquisa Nuclear ajudará a entender melhor o funcionamento das partículas e até a origem do universo

Imagem do equipamento usado pelo CERN para criar os átomos de anti-hidrogênio Imagem do equipamento usado pelo CERN para criar os átomos de anti-hidrogênio (Niels Madsen ALPHA/Swansea)

Pesquisadores da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), com sede na Suíça, conseguiram aprisionar átomos de antimatéria (correspondentes da matéria, mas com carga elétrica oposta) por mais de 16 minutos - tempo suficiente para que possam ser estudados em detalhes. A façanha pode levar a um entendimento mais aprofundado das partículas e dar pistas sobre a própria origem do universo.

O mundo que nos cerca é aparentemente feito todo de matéria: algo que tem massa, ocupa lugar no espaço e está sujeito a leis da física como inércia e gravidade. Teoricamente, para toda matéria, há um correspondente com carga oposta. Por exemplo, um átomo de anti-hidrogênio — elemento usado na experiência do CERN — é o inverso completo do átomo de hidrogênio. Enquanto o átomo de hidrogênio é composto de um próton circundado por um elétron (que tem carga negativa), o anti-hidrogênio tem um pósitron (que tem carga positiva) circulando em torno de um antipróton.

Ocorre que a natureza parece ter uma preferência pela matéria, o que permitiu que matéria e antimatéria no Big Bang não se aniquilassem e que houvesse a brecha necessária para a constituição de quase tudo o que existe. Além disso, até hoje ninguém conseguiu encontrar resquícios de antimatéria proveniente desta explosão primordial, o que abre as portas para diversas especulações.

A melhor forma de estudar esta tendência da natureza pela matéria atualmente é comparar o hidrogênio com o seu "espelhos": o anti-hidrogênio. Em novembro do ano passado, cientistas conseguiram aprisionar antimatéria em laboratório pela primeira vez.

O problema é que, em novembro passado, os átomos foram aprisionados por apenas 172 milissegundos, tempo insuficiente para estudos mais detalhados. Desta vez, de acordo com o artigo, publicado na versão online da Nature Physics, cerca de 300 antiátomos foram capturados por 16 minutos. Isso permitirá aos cientistas mapear de forma precisa os átomos de anti-hidrogênio e compará-los aos de hidrogênio – o primeiro elemento da tabela periódica e um dos mais conhecidos pela física atualmente. Além disso, os pesquisadores podem utilizar o método para estudar os efeitos da gravidade sobre a antimatéria e fazer medições necessárias para analisar o comportamento de partículas no universo.

O próximo passo é começar as medições dos átomos de anti-hidrogênios para determinar se eles absorvem exatamente as mesmas frequências – ou energia – que seus correspondentes "visíveis".
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Da Folha:

Cientistas confinam antimatéria durante 16 minutos

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
A antimatéria, estranha "irmã gêmea" da matéria normal que compõe estrelas, rochas e pessoas, é tão arisca que o mais difícil não é nem pegá-la. Complicado mesmo é mantê-la presa. Mas um grupo internacional de cientistas, incluindo brasileiros, acaba de anunciar que manteve átomos de antimatéria confinados por 16 minutos. 

O sucesso da equipe, cuja armadilha de antimatéria está localizada no Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), Suíça, deve ajudar os físicos a investigarem as principais diferenças entre partículas de matéria e suas contrapartes de antimatéria. 

Por ora, a novidade é mesmo o aprisionamento de longo período. "A gente não consegue medir nada do átomo, só a velocidade e a energia de aprisionamento", explica Claudio Lenz Cesar, pesquisador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos autores do estudo. 

O grupo já havia prendido anti-hidrogênio antes, no ano passado, mas por apenas pouco mais de um décimo de segundo. O salto para mil segundos (um aumento de 5.000 vezes no tempo de captura) rendeu a publicação na revista "Nature Physics". 


Editoria de Arte/Folhapress

PRÓXIMO PASSO
 
O próximo passo é descobrir mais sobre essas criaturas ariscas. "Em breve, vamos fazê-los interagir com micro-ondas, o que daria uma primeira ideia de seus níveis internos de energia", diz Cesar. 

Praticamente não há antipartículas flutuando por aí, esperando para ser detectadas. Dessa forma, todos os átomos de hidrogênio que podemos colher na natureza, como os que compõem a água, por exemplo, são feitos de um próton positivo no núcleo e de um elétron negativo girando ao redor dele.
Ocorre que previsões teóricas sugeriam que, para o mundo das partículas fazer sentido, deveriam existir contrapartes dos átomos convencionais, feitos de prótons negativos (ou antiprótons) e elétrons positivos (ou pósitrons). 

Com efeito, experimentos em aceleradores de partículas demonstraram que a antimatéria, embora não estivesse disponível, podia ser criada em laboratório. Só que há uma pegadinha: sempre que matéria e antimatéria se encontram, o resultado é a aniquilação de ambas, com liberação de energia. 

Como guardar antipartículas com recipientes feitos de materiais que as destruiriam? O segredo é usar campos magnéticos. Com eles, é possível aprisionar sem encostar. 

Essa é a estratégia que tem sido usada com muito sucesso já há mais de uma década para prender antipartículas. Se você quer conter um monte de antiprótons, basta impor um campo magnético ao redor dele e pronto. 

Mas capturar antiátomos inteiros é bem mais complicado. Isso porque as cargas dos pósitrons ao redor cancelam as dos antiprótons no núcleo, deixando o átomo como um todo num estado neutro, bem menos sujeito à ação dos campos magnéticos. 

É preciso uma sintonia muito sutil, tanto do campo usado como da velocidade e da energia contida nos antiátomos formados, para que eles se mantenham aprisionados. Com o mais novo avanço, o grupo integrado por Cesar já mostrou que pegou o jeito da coisa. 

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O Vampiro de Curitiba
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28 comentários:

Por que o elétron não chama tanta atenção como o pósitron? Só porque existe em abundância? Isto não o faz mais compreensível.

 
Este comentário foi removido pelo autor.
 

Os sentimentos são SÓ átomos. Átomos são SÓ partículas. Que talvez sejam SÓ números. Que ninguém sabe o que é, nem porque é.
Não existe Deus, SÓ gravidade (??????????). Que talvez seja feita "do mesmo material de que são feitos os sonhos".

 

Coloquei também matéria (ops!) da Veja.

 

É, tudo que aprendemos até a pouquíssimo tempo, já não vale mais nada.
A única certeza é que somos feitos dos mesmos materiais de que são feitas as estrelas. E os sonhos, né, Sandra?!

 

Vamp, ARRASOOOOOOOOOOOOOOOOOOU!!!!!!!!!!!!!!!!

 

Matéria + antimatéria = o nada.
Será que ninguém consegue fazer um Lula de antimatéria?

 

simetrias e antissimetrias,
homem e antihomem,
mulher e antimulher,
mané e antimané,
negros e antinegros,
semitas e antissemitas,
eu e antieu,
o antissuco de maçã,
só poderia ser ingerido,
por um antisser,
então: ser ou não ser.

 

Não, igual a energia.
O que é energia?`
Nada mais nada menos do que a capacidade de um sistema em realizar trabalho. A merda é se existir o antitrabalho, aí na aniquilação o antinada surgirá.
É por isso que eu as vezes flutuo de tanta antigravidade. Nada mais quântico e inexplicável do que um velho correndo da chuva.

 

Matéria + antimatéria = energia

Ou, mais interessante:

enegia = matéria + antimatéria

Da luz você pode criar matéria.

Mas tanto faz, porque tudo é Verbo.

 

Estou indo para o meu antialmoço, comer a minha anticomida, dado que eu não me dou muito bem com a matéria, visível e invisível.
Será então que a tristeza nada mais é do que a antialegria? Ó meça isso é bom abessa.

 

Ah, tá! Então: Lula + antilula = energia. É bem capaz de sobrar uma Dilma.

 

Ou:

E=mc* (*=2)

Então: mc* = matéria + antimatéria

Putz! Melhor parar por aqui. É bem capaz de eu descobrir que não existo...

 

Nada + antinada= quantidades ínfimas de vácuo.

 

Mas tá certo: se hoje eu sou diferente do que serei amanhã, em algum momento eu deixei de ser. Ou seja, em algum momento eu não existi.
Ou ainda: só existe, de fato, o sujeito. O objeto só existe para o sujeito. Quando eu observo alguém, eu sou o objeto e existo, enquanto o objeto é apenas isso, um objeto sendo observado. Só que em um determinado momento, esse alguém que era apenas objeto, me vê. Eu passo a ser o objeto. Deixei de existir e alguém passou a ser o sujeito que observa.

Vou ler a Sonata Fantasma.

 

Sejam sinceros: vocês realmente acreditam que nós existimos?
Eu começo a desconfiar que somos apenas personagens de um sonho de Deus sonhando.

 

Eu existo e minha realidade contempla outras visões, como a de que antienergia nada mais é do que a famosa preguiça.Visto que o antifrio é a mais pura manifestação do ódio fulminante que tenho contra o anticalor.
Portanto a civilização marciana nos vêem como um desolado planeta inabitável, e, vice versa.

 

"Nada mais quântico e inexplicável do que um velho correndo da chuva." (Tene Cheba)

PERFEITO!

 

Eu, às 13:05 errei, o correto seria:

Mas tá certo: se hoje eu sou diferente do que serei amanhã, em algum momento eu deixei de ser. Ou seja, em algum momento eu não existi.
Ou ainda: só existe, de fato, o sujeito. O objeto só existe para o sujeito. Quando eu observo alguém, eu sou o SUJEITO e existo, enquanto o objeto é apenas isso, um objeto sendo observado. Só que em um determinado momento, esse alguém que era apenas objeto, me vê. Eu passo a ser o objeto. Deixei de existir e alguém passou a ser o sujeito que observa.

Vou ler a Sonata Fantasma.

 

Vamp, e se você for um sonho? S;o por isso vai deixar de existir?
Existir tem a ver com matéria, que é feita do mesmo material de que são feitos os sonhos?
E o que é "algum momento"? Qual a duração do presente? Ele existe (não é feito de matéria, do que será que o tempo é feito? Será que de sonho? Ou o sonho é feito de tempo?), ou o que existe é um grande passado colado num grande futuro? Santo Agostinho é que fazia altas indagações sobre isto.

 

Vamp, sua equacao deve ser: Lula + Anti-Lula = 0
Lula = 0
Anti-Lula = 0
0 + 0 = 0

 

É isso, Gaeta! Exatamente o que eu queria dizer.

 

Os físicos não conseguem explicar o desequilíbrio, ou assimetria da matéria e antimatéria, qual a razão daquela prevalecer sobre esta, e também não conseguem o fato de o tempo ser unidimensional, ou seja, sempre em uma mesma direção. Porra ainda querem que eu seja ateu, de que jeito? Como a VIDA surgiu, a primeira ameba do Universo a se replicar para quê tanto luxo?

 

Tene, se aqui neste nosso mundo prevalece a matéria, pode ser bem provável que em outra dimensão do Universo prevaleça a antimatéria. Assim, todos nós estaríamos vivendo em várias outras dimensões simultaneamente.
Cara, vou procurar outra dimensão, aqui tá um frio do cão.

 

Palocci já era!
E vocês não falem mal da minha prima, hein!?

 

Rogério... Que te parece, tchê...? "Sei não"...

"O ateu

Um ateu estava passeando em um bosque, admirando tudo o que aquele "acidente da evolução" havia criado.

"- Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios! Que belos animais!" – lá ia ele dizendo.

À medida que caminhava ao longo do rio, ouvia um ruído nos arbustos atrás de si. Ele virou-se para olhar.

Viu então um corpulento urso-pardo caminhando em sua direção.

Logo disparou a correr o mais rápido que podia. Olhou por cima do ombro e reparou que o urso estava demasiado próximo.

Aumentou a velocidade!

Era tanto o seu medo que lágrimas lhe vieram aos olhos.
Foi então que tropeçou e caiu desamparado.

Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se.

Só que o urso já estava sobre si, procurando pegá-lo com a sua forte pata esquerda e, com a outra pata, tentando agredi-lo ferozmente.

Nesse preciso momento, o ateu clamou:

"- Oh, meu Deus!".

Então o tempo parou. O urso ficou sem reação. O bosque mergulhou em silêncio. Até o rio parou de correr.

À medida que uma luz clara brilhava, uma voz vinda do céu dizia:

"- Tu negaste a minha existência durante todos estes anos, ensinaste a outros que eu não existia, e reduziste a criação a um acidente cósmico. Esperas que eu te ajude a sair desse apuro? Devo eu esperar que tenhas que tenhas fé em mim ?"

O ateu olhou diretamente para a luz e disse:

"- Seria, de fato, hipócrita da minha parte, pedir que, de repente, me passes a tratar como um cristão!
Mas talvez... possas tornar o urso cristão ?!"

"- Muito bem", disse a voz.

A luz foi embora. O rio voltou a correr. E os sons da floresta voltaram.

E, então, o urso recolheu as patas, fez uma pausa, abaixou a cabeça e falou:

"- Senhor, abençoe este alimento que agora vou comer. Amém."

 

Reinaldo, moral da história: se você for ateu, ande sempre armado!

 

Ou então: além de Deus, sempre desconfie dos ursos.

 

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